«Uma filosofia que não inclua a possibilidade de fazer adivinhações com grãos de café e não consiga explicar isso, não pode ser uma verdadeira filosofia» (G. Scholem) |
Criticismo Ludológico e Novos Média: Introdução (SBGAMES)
Ludologic Criticism and New Media: Introduction
[ensaio apresentado ao SBGames 2007 VI Simpósio Brasileiro de Jogos de Computador e Entretenimento Digital- Unisinos-São Leopoldo, Brasil (7-9 de Novembro de 2007), na trilha «Jogos Cultura» e editado nos respectivos Anais]
Resumo
Este ensaio fornece uma visão, o mais aproximada possível, dos estudos Ludológicos (“Game Studies”). Por um lado, este novo campo científico dentro da Ciências da Comunicação e da Cultura, desenvolve-se em estreito diálogo e, mesmo, nalguns aspectos, comparativamente com o estudo dos Novos Média, sendo historicamente paralelo ao desenvolvimento da e-cultura e cultura digital (sobretudo, a partir dos anos 50); por outro, à semelhança do que aconteceu com outras áreas do saber, partindo do confronto com as análises narratológicas, procura a sua especificidade metodológica, disciplinar e científica na configuração (criticista) de novas categorias, fenomenologicamente consideradas, nomeadamente, de “experiência ergódica de jogabilidade” e de “mediação”. Fica também evidente a razão pela qual, à semelhança do genial filme de Kubrick, 2001 também representou um marco (académico) nesta “Odisseia” ludológica.
Keywords: Ludologia, Narratividade, Jogabilidade, história da disciplina, Novos Média, hibridismo dos média
Abstract
This paper proposes a vision, as accurate as possible, of the Ludologic Studies (Game Studies). On the one hand, this new scientific field within the Communication and Culture Sciences has evolved in close interchange and, in some cases, even comparatively with the field of New Media Studies, being historically parallel to the development of e-culture and digital culture (especially from the 1950s onwards). On the other hand, as was the case with other areas of knowledge, stemming from the confrontation with narratological analyses, it seeks its methodological, disciplinary and scientific specificity in the (criticist) configuration of new, phenomenologically considered categories, namely of “ergodic experience of gameplay” and of “mediation”. It also becomes evident why, as was the case with Kubrik’s amazing film, 2001 also represents an (academic) landmark in this ludological “odyssey”.