Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias
Licenciatura em Ciências da Comunicação e da Cultura
(Pré-Bolonha)
Docente: Professor Doutor Luís Filipe B. Teixeira
(Semestral: 4º ano área de Gestão das Actividades Culturais-2004/2007)
Sinopse
A qualquer gestor de Actividades Culturais, qualquer que seja a sua vertente e âmbito de acção, não deixa de ser fundamental saber processar informação. Mas, antes de mais, que significa isso? Por outro lado, o programa desta cadeira fornece, quer uma reflexão sobre alguns dos pressupostos desta actividade e dos conceitos que lhe estão envolvidos; quer a estruturação teórica e prática de um possível modelo de configuração de base de dados deste sector de actividade, tendo por base a sistematização de informação qualitativa e quantitativa em indicadores organizacionais e de programação.
Objectivos
· Estabelecer a distinção entre as noções de «informação», «comunicação», «conhecimento»;
· Investigar e caracterizar a formação de «públicos» e, em especial, os públicos da indústria cultural;
· Caracterizar a noção de base de dados por referência às indústrias culturais;
· Investigar quais os indicadores necessários para uma análise organizacional e de programação cultural.
Avaliação
À semelhança do sistema de avaliações nas cadeiras teóricas, a avaliação na cadeira de Processamento da Informação Cultural consta de uma frequência escrita e de um exame. Todos os alunos têm direito a exame de primeira época com nota de frequência inferior a 12 (doze) valores, desde que tenham sido avaliados em regime de avaliação contínua (frequência).
Programa
1. A Comunicação na Era da Informação: Tendências e problemáticas
1.1.Informação versus conhecimento
1.2.A noção moderna de informação: «Sociedade da Comunicação» versus «Sociedade da Informação»
1.3. O estatuto epistemológico do conceito de «informação»
2.Caracterização das Indústrias de Conteúdo Cultural
2.1. Caracterização Geral:A sociedade como Indústria
2.2. Indústria Cultural versus «cultura de massas»
2.3.O mercado das Indústrias Culturais:o exemplo da indústria do livro.
2.4. «Cultura», «cultura de massas», «Indústrias Culturais» e mass media
3.Em torno dos «Públicos» culturais
3.1. Públicos escreve-se no plural?
3.2. A formação de públicos
4.Bases de dados e organização de informação
a. O que é uma base de dados?
b.Narrativas e base de dados:Dados e informação
c.A noção de indicadores (na análise organizacional e na programação)
d.Uma base de dados no sector da cultura: análise de exemplo
Bibliografia
AA.VV., Públicos da Cultura. Actas do Encontro organizado pelo Observatório das Actividades Culturais, Lisboa, Observatório das Actividades Culturais, Maio, 2004.
AA.VV., «Para uma base de dados estatísticos ─ sector da cultura», in Obs, nº 11, Observatório das Actividades culturais, Novembro de 2002, pp. 51-59.
BRETON, Philippe, A utopia da Comunicação, Lisboa, Instituto Piaget, s.d. [orig. 1992]
BRETON, Philippe/PROULX, Serge, A explosão da Comunicação, Lisboa, Bizâncio, 1997
CASTELLS, Manuel, A Era da Informação: Economia, sociedade e cultura, vol. II:O poder da Identidade, Lisboa, F. Calouste Gulbenkian, 2003
CASTELLS, Manuel, A galáxia Internet: Reflexões sobre a Internet, negócios e sociedade, Lisboa, F.Calouste Gulbenkian, 2004
DOMINGUES, Álvaro/ SILVA, Isabel/LOPES, João Teixeira/SEMEDO, Alice (orgs), A cultura em acção:Impactos sociais e território, Porto, Edições Afrontamento, 2003
FREITAS, Eduardo de, «A produção de livros: Alguns indicadores de caracterização», in Obs, nº 3, Observatório das Actividades culturais, Março de 1998, pp. 16-22.
GASSET, Ortega Y, A rebelião das massas, Lisboa, Relógio d’Água, s.d.
GOMES, Rui Telmo, «Públicos do Porto 2001: Entre a selectividade e a heterogeneidade», in Obs, nº 10, Observatório das Actividades culturais, Dezembro de 2001, pp. 46-56
HARTLEY, John, Comunicação, Estudos Culturais e Media: Conceitos-chave, Coimbra, 2004
LEFORT, Geneviève, Saber documentar-se, Mem Martins, CETOP, s.d.
MARTINS, Luís Paixão, Shiu…Está a qui um jornalista, 2ª edição, Lisboa, Editorial Notícias, 2002
MATTELART, Armand, História da Sociedade da Informação, Lisboa, Bizâncio, 2002
SERRA, Paulo, Informação e sentido: O estatuto epistemológico da informação, Covilhã, Universidade da Beira Interior, 2003
voltar